Mãe, saudades.
Um beijo.
Espero a porta
abrir e teu sorriso chegar.
A casa respira/
tudo de novo, sempre.
Nada se desgasta/
o tempo não se contrai,
os olhos não se acostumam,
o coração: partido.
Faz tempo ,
tanto tempo que as mãos
criaram limo,
o pai sentado cochila,
o pai que também saiu pela mesma porta.
Todos estão assim,
na Macondo eterna
esperando tua volta.
Os meninos sonham pela primeira vez,
em que a sua avó,
sairá das fotografias,
das estórias,
das memórias ,
que compõe a mesa
sempre que a vida fica muito pesada.
Minha mulher mãe,
também espera,
a tua companhia.
Nada está diferente,
apenas o Porto dos encontros
aparece na curva de nossas vidas…
Estamos mais próximos, mais
do que o meu desejo possa alcançar.
Posso dizer que não é cedo,
para te dizer até breve.
Blog de Duda Brama 