Arquivo de junho, 2010

Do alto da minha absoluta isenção política, fruto de uma profunda apatia ideológica sedimentada por anos de sucessivas decepções com os nossos políticos, indago de vocês que parecem festejar o resultado dessa mais recente pesquisa: e aí, o que significa isso ?

Que, enfim, o brasileiro aprendeu a votar ? Que já não há o voto “encabrestado” dos chamados grotões da ignorância e da submissão ? De que lado estão as oligarquias regionais ?

Ou será que elas já não mais existem ? Enfim, o que significa essa derrota antecipada desse José ? Finalmente, há um entusiasmo “pró” ou apenas o regozijo “contra” ? Só quero entender.

Edgar Mattos.

 

PS – De  minha parte agradecer a Edgar tão belo texto. Politicamente contundente, sociologicamente perfeito. Eticamente indiscutível. É o nosso amigo Edgar Mattos mostrando que 2+2=4 sempre. Não tem mágica. Ética é sempre Ética em qualquer época, em qualquer lugar, e por inteiro. Que ninguém vive pela metade. Amém.

 

Encontrei essa charge maravilhosa no blog Tijolaço do Brizola Neto.

Pergunto. Pois perguntar não ofende:

A quem você dedicaria esta beleza de 1955?

 

Anatomia de um Frankenstein.

Publicado: 29/06/2010 em Poesia

Foto-montagem tirada do blog TIJOLAÇO, do Brizola Neto.

Vejam o detalhe do cirurgião-mor e do operado. Uma maravilha! E é no braço esquerdo!!!

O que incomoda é que daqui prá frente,se já estava chata a campanha, agora de florete nas mãos, os extrema-direita vão bater mais do que Pepe e os zagueiros de Costa do Marfim. Haja dossiê e picaretagem.

Aguardemos o livro do Amaury Ribeiro Jr.: Os Porões da Privataria.

Ataque terrorista ao Brasil…

Publicado: 29/06/2010 em Poesia

Alguns documentos Ultra Secretos do Serviço de Investigação da Polícia Federal  revelados recentemente,  afirmam que Osama Bin Laden deu ordens aos seus homens para organizar um  atentado  aéreo no Brasil.
Devido ao profundo ódio por festas monumentais (símbolo  da globalização da alegria), a Cidade escolhida  foi o Rio de Janeiro por causa do Carnaval e, mais precisamente, o Cristo  Redentor (símbolo maior da religião dos infiéis!).
Assim, os dois melhores terroristas kamikazes viajaram para o Brasil. Os dois  chegaram ao Rio de Janeiro determinados a impor o castigo de Allah aos infiéis  tupiniquins. A missão, felizmente, não teve sucesso, conforme os registros da Polícia Federal  enviados ao LULA, ao Bush e ao Papa.

Eis a história:

Domingo 21:47h: Chegam ao Aeroporto Internacional do Galeão, vindos da Turquia. Suas malas são extraviadas e depois de mais de oito  horas de peregrinação por  diversos guichês conseguem sair do aeroporto após serem aconselhados pelos funcionários da GOL a voltar no dia seguinte, pois assim, talvez,  tivessem mais sorte…
Pegam  um táxi na saída do aeroporto. O taxista percebe que são Estrangeiros e leva uma hora  e meia dando voltas com eles pela cidade para abandoná-los em um lugar ermo da Baixada Fluminense,  tendo parado no caminho para que dois cúmplices os assaltassem, batessem neles  e  lhes roubassem os dólares.

Segunda-feira 04:30hs: Graças ao treinamento de guerrilha que receberam nas cavernas do Afeganistão e nos campos minados da Somália, os dois terroristas conseguem chegar a um  hotel. Decidem alugar um carro na Hertz em Copacabana e se  dirigem ao aeroporto para  seqüestrar um avião para jogá-lo bem no meio dos braços abertos do Cristo  Redentor. Pegam um congestionamento monstro por causa de uma  manifestação de estudantes e  professores  em greve e ficam horas parados, além de terem seus relógios  roubados em um arrastão  no meio do congestionamento.
 

Segunda-feira 12:30h: Decidem parar no centro da cidade e procuram uma casa de câmbio para trocar o  pouco  que sobrou de dólares  e recebem notas de  R$100 falsas, dessas que são feitas  grosseiramente a partir  de notas de R$ 1
 

Segunda-feira 15:45h: Chegam por fim ao aeroporto do Galeão com a firme intenção de seqüestrar um  avião.  Os pilotos da GOL estão  em greve por mais salário e menos horas, e os  controladores de vôo também estão  em greve,  querem equiparação com os pilotos. O único avião disponível na pista é um da TAM,  que havia sido fretado  para  a Soletur, mas sem combustível. Os empregados e os passageiros estão acampados na sala  de espera e nos corredores  do aeroporto  tocando pagode e gritando slogans contra o governo. A polícia de choque chega batendo em todo mundo, inclusive nos terroristas.

Segunda-feira 19:05h: Finalmente a calma reina e os dois filhos de Allah, ainda ensangüentados, se dirigem ao balcão da TAM  para comprar as passagens. Mas o funcionário que lhes vende os bilhetes omite a informação
de que os vôos  da companhia estão suspensos por tempo indeterminado.

Segunda-feira 22:07h: Os terroristas discutem entre si, na dúvida se destruir o Rio de Janeiro, no fim das contas,  é um ato terrorista ou uma obra de caridade.
 

Segunda-feira 23:30h: Mortos de fome, decidem comer alguma coisa no restaurante do aeroporto, pedem  um  sanduíche de churrasco com queijo e  uma limonada.

Terça-feira 04:35h: Recuperam-se de uma intoxicação alimentar de  proporções eqüinas, devido à carne  estragada do sanduíche,  no hospital Miguel Couto,depois de terem esperado  horas para que o socorro  chegasse e serem atendidos por uma enfermeira gorda, feia e mal humorada. Seria  questão de dois dias, se  não  fosse pela cólera, devida  à limonada feita com água contaminada.
 

Domingo 17:20h: Saem do hospital e chegam próximos ao estádio do  Maracanã. O FLAMENGO acabara  de  perder em casa  para o SANTO ANDRÉ, por 2×0. A torcida do FLAMENGO  confunde os  terroristas com integrantes da  torcida andreenses e aplicam-lhes uma surra  homérica. O chefe da  torcida é  tal de Pé de Mesa que abusa sexualmente deles.

Domingo 19:45h: Finalmente são deixados em paz, com dores terríveis  pelo corpo e em algumas partes  em particular  e vendo uma barraca de venda de bebida decidem se  embriagar (uma vez na vida,  não deve ser pecado!). Tomam cachaça adulterada com metanol  e voltam ao Miguel  Couto. Os médicos também diagnosticam gonorréia  (Pé de Mesa não perdoa!).
 

Terça-feira 23:42h: Os dois terroristas fogem do Brasil em um barco que roubam na Baía de Guanabara. Juram por Allah que nunca mais vão cogitar de fazer atentados contra o Brasil e que preferem os Estados Unidos, onde seguramente  é muito mais fácil…….

Parabéns Daniel.

Publicado: 28/06/2010 em Poesia

 

Como vocês podem ver, eu sou um pai completamente abestado, alesado, atabacado, estupefacto com os meus rebentos. Me fazem acreditar em Deus. É muita generosidade. Em verdade, eu não mereço.

 Daniel:

Quis o seu dia 28. Independente.

Garoto bom.

Filho extraordinário.

Jeito manso. Personalidade forte.

Tranquilo, vai fazendo a sua vida, com  a boa cepa dos homens de caráter.

Uma honra meu filho. Uma grande felicidade. Você realmente é um arretado.

Muita saúde, felicidade, amor e juízo(que você tem de sobra).

Beijão do seu pai.

Felicidade imensa.

O filhote cresceu e foi para a vida. E vai muito bem graças a Deus.

Valeu cara.

 

Seu pai.

Osvaldo, Felipe Holder, Carlos Maia, Edgar Mattos, Arsênio, João Carlos, André Gustavo, Julinho e toda a tropa reunida. Amém.

Gracias.

Aos irmãos espalhados por Salvador, Recife, Natal, Caracas. Caracas!!!

A sobrinhada toda.

“Desgravateando” as meninas, juntando com Daniel e Ana. Chegando agora. Dia Felomenal. Não mereço tanto. Mesmo com a chuva dagorinha mesmo.

Dia abençoado.

E aí vai para todos:

Chegando no mundo…

Publicado: 27/06/2010 em Poesia

Um pouco depois das sete da manhã, duas senhoras lusitanas estavam apreensivas.

Dona Celina protegendo e cuidando da irmã dona Celeste. Esta última, com nove meses, em trabalho de parto a noite inteira, já estava em desespero.

Adalberto e Paulo de Biase(i) já haviam consultado a parturiente. Bá tchê (eita) o piá não vem agora (barbaridade!).

Dona Celeste lacrimeja. Angustiada. Cinco partos normais, inclusive as gêmeas! Será que com este caçula iria dar zebra?

Foi quando dona Celina, segunda mãe do infante ainda na barriga, resolveu a parada.

Toma aqui um flâmula desse santo. O guri ia se chamar Fernando. Em homenagem ao tio querido. Vizinho inclusive. Fernando, pai do nosso querido Geraldo.

Foi só Celeste debulhar umas ave-marias agarradas a flâmula e o pentelho arribou do seu ninho. Nasceu de uma goipada só. Pei bufe.

O resto vocês já sabem. Dudabrama, Sabiá e Domingos nasceram ali no Hospital Português, pela fé num santo italiano chamado Domingos Sávio, que deu entrada na sua aposentadoria faz tempo. Pois ser anjo da guarda é profissão perigosa.

Pelas bandas de Yellow House e da Tamarineira Village foi assim que cheguei no mundo. E cá estamos.

E vamos em frente.

(*)Aos primeiros minutos deste dia recebo um email do amigo Edgar Mattos. Lembrando aquilo que os amigos lembram sempre e que estão no lado esquerdo do peito. Eles e nós. A razão soberana de estarmos vivos são as verdadeiras amizades. Agora encontrei algumas palavras. Ao lhe responder não encontrei. A emoção…

PS – A principal tarefa na vida de um homem é a de dar nascimento a si próprio.

Erich Fromm

 

O homem mais sábio que conheci em toda a minha vida não sabia ler nem escrever. Às quatro da madrugada, quando a promessa de um novo dia ainda vinha em terras de França, levantava-se da enxerga e saía para o campo, levando ao pasto a meia dúzia de porcas de cuja fertilidade se alimentavam ele e a mulher. Viviam desta escassez os meus avós maternos, da pequena criação de porcos que, depois do desmame, eram vendidos aos vizinhos da aldeia. Azinhaga de seu nome, na província do Ribatejo.

Chamavam-se Jerónimo Melrinho e Josefa Caixinha esses avós, e eram analfabetos um e outro. No Inverno, quando o frio da noite apertava ao ponto de a água dos cântaros gelar dentro da casa, iam buscar às pocilgas os bácoros mais débeis e levavam-nos para a sua cama. Debaixo das mantas grosseiras, o calor dos humanos livrava os animaizinhos do enregelamento e salvava-os de uma morte certa. Ainda que fossem gente de bom caráter, não era por primores de alma compassiva que os dois velhos assim procediam: o que os preocupava, sem sentimentalismos nem retóricas, era proteger o seu ganha-pão, com a naturalidade de quem, para manter a vida, não aprendeu a pensar mais do que o indispensável.

Ajudei muitas vezes este meu avô Jerónimo nas suas andanças de pastor, cavei muitas vezes a terra do quintal anexo à casa e cortei lenha para o lume, muitas vezes, dando voltas e voltas à grande roda de ferro que acionava a bomba, fiz subir a água do poço comunitário e a transportei ao ombro, muitas vezes, às escondidas dos guardas das searas, fui com a minha avó, também pela madrugada, munidos de ancinho, panal e corda, a recolher nos restolhos a palha solta que depois haveria de servir para a cama do gado. E algumas vezes, em noites quentes de Verão, depois da ceia, meu avô me disse: “José, hoje vamos dormir os dois debaixo da figueira”. Havia outras duas figueiras, mas aquela, certamente por ser a maior, por ser a mais antiga, por ser a de sempre, era, para toda as pessoas da casa, a figueira.

Mais ou menos por antonomásia, palavra erudita que só muitos anos depois viria a conhecer e a saber o que significava… No meio da paz noturna, entre os ramos altos da árvore, uma estrela aparecia-me, e depois, lentamente, escondia-se por trás de uma folha, e, olhando eu noutra direção, tal como um rio correndo em silêncio pelo céu côncavo, surgia a claridade opalescente da Via Láctea, o Caminho de Santiago, como ainda lhe chamávamos na aldeia. Enquanto o sono não chegava, a noite povoava-se com as histórias e os casos que o meu avô ia contando: lendas, aparições, assombros, episódios singulares, mortes antigas, zaragatas de pau e pedra, palavras de antepassados, um incansável rumor de memórias que me mantinha desperto, ao mesmo tempo que suavemente me acalentava. Nunca pude saber se ele se calava quando se apercebia de que eu tinha adormecido, ou se continuava a falar para não deixar em meio a resposta à pergunta que invariavelmente lhe fazia nas pausas mais demoradas que ele calculadamente metia no relato: “E depois?”. Talvez repetisse as histórias para si próprio, quer fosse para não as esquecer, quer fosse para as enriquecer com peripécias novas.

Naquela idade minha e naquele tempo de nós todos, nem será preciso dizer que eu imaginava que o meu avô Jerónimo era senhor de toda a ciência do mundo. Quando, à primeira luz da manhã, o canto dos pássaros me despertava, ele já não estava ali, tinha saído para o campo com os seus animais, deixando-me a dormir. Então levantava-me, dobrava a manta e, descalço (na aldeia andei sempre descalço até aos 14 anos), ainda com palhas agarradas ao cabelo, passava da parte cultivada do quintal para a outra onde se encontravam as pocilgas, ao lado da casa. Minha avó, já a pé antes do meu avô, punha-me na frente uma grande tigela de café com pedaços de pão e perguntava-me se tinha dormido bem. Se eu lhe contava algum mau sonho nascido das histórias do avô, ela sempre me tranqüilizava: “Não faças caso, em sonhos não há firmeza”.

Pensava então que a minha avó, embora fosse também uma mulher muito sábia, não alcançava as alturas do meu avô, esse que, deitado debaixo da figueira, tendo ao lado o neto José, era capaz de pôr o universo em movimento apenas com duas palavras. Foi só muitos anos depois, quando o meu avô já se tinha ido deste mundo e eu era um homem feito, que vim a compreender que a avó, afinal, também acreditava em sonhos. Outra coisa não poderia significar que, estando ela sentada, uma noite, à porta da sua pobre casa, onde então vivia sozinha, a olhar as estrelas maiores e menores por cima da sua cabeça, tivesse dito estas palavras: “O mundo é tão bonito, e eu tenho tanta pena de morrer”. Não disse medo de morrer, disse pena de morrer, como se a vida de pesado e contínuo trabalho que tinha sido a sua estivesse, naquele momento quase final, a receber a graça de uma suprema e derradeira despedida, a consolação da beleza revelada. Estava sentada à porta de uma casa como não creio que tenha havido alguma outra no mundo porque nela viveu gente capaz de dormir com porcos como se fossem os seus próprios filhos, gente que tinha pena de ir-se da vida só porque o mundo era bonito, gente, e este foi o meu avô Jerónimo, pastor e contador de histórias, que, ao pressentir que a morte o vinha buscar, foi despedir-se das árvores do seu quintal, uma por uma, abraçando-se a elas e chorando porque sabia que não as tornaria a ver.

Poema para as cidades flageladas.

Publicado: 26/06/2010 em Poesia

“Tem gente passando fome.
E não é a fome que você imagina entre uma refeição e outra.
Tem gente sentindo frio.
E não é o frio que você imagina entre o chuveiro e a toalha.
Tem gente muito doente.
E não é a doença que você imagina entre a receita e a aspirina.
Tem gente sem esperança.
Mas não é o desalento que você imagina entre o pesadelo e o despertar.
Tem gente pelos cantos.
E não são os cantos que você imagina entre o passeio e a casa.
Tem gente sem dinheiro.
E não é a falta que você imagina entre o presente e a mesada.
Tem gente pedindo ajuda.
E não é aquela que você imagina entre a escola e a novela.
Tem gente que existe e parece imaginação.”

Ulisses Tavares

PS – Além , muito além da poesia há a solidariedade do nosso povo e do povo alagoano. Liguei para a casa do poeta Carlos Maia. Ele estava lá no quartel do Derby, firme e forte, ajudando no mutirão que os bombeiros pediram para organizarem os donativos. É isso. Vamos em frente.

Eis a questão…

Publicado: 26/06/2010 em Poesia

E aí Serra?

Publicado: 26/06/2010 em Poesia

A pergunta que não quer calar: E agora, José?

Quando escreveu a poesia “José”, na década de 40, Carlos Drummond de Andrade obviamente nem desconfiava que um dia ela serviria como uma luva para ilustrar a conjuntura política brasileira. Este dia chegou ontem (23), com a divulgação da pesquisa Ibope que mostra o presidenciável da oposição de direita, José Serra (PSDB), em situação periclitante, com cinco pontos de desvantagem sobre Dilma Rousseff (PT), sua principal adversária na corrida presidencial.

JOSÉ

A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José ?
e agora, você ?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama protesta,
e agora, José ?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José ?

E agora, José ?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio – e agora ?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora ?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é duro, José !

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José !
José, pra onde ?

Carlos Drummond de Andrade


 

 

Do Vermelho, por Cláudio Gonzalez.

 

Aliás,por falar em saudade… vocês notaram o visual anos 70 do zagueiro da ESPANHA,algo como PUYOL (sei lá) ? Tenho certeza que ele tem um “sebo” de LPs vinil
e odeia CD,MP3 e que tais .

Para o amigo Arsênio: Dose Tripla.

Publicado: 26/06/2010 em Poesia

Nova coluna. Por André Gustavo.

Publicado: 26/06/2010 em Poesia

Domingos,
Sou periodontista(especialista em doenças da gengiva) e me revolto com uma foto dessas.O infeliz fica na fila pra comprar um porra dum iphone só pra se mostrar e nem coragem de escovar os dentes o fidirapariga tem.Vê aí:


Aquela camada de sebo branca junto à gengiva chama-se materia alba.Dalí se formará o tártaro que trará um mau hálito do cranco e,posteriormente,secreção e mobilidade dental.
Resumindo:Pode ser porco.O importante é ter iphone!

PS – Fica o recado. Sem gréa. Importantíssimo. Tem gente, muita gente substituindo a nossa insubstituível “máquina divina” por quinquilharias tecnológicas. Nada contra Iphone, Ivone, Inada. Mas banguela um karai… 

Ensinando a gostar do que é bom desde pequeno. Good boy.

Recife agradece…

Publicado: 25/06/2010 em Poesia

A música e a letra são de Paulinho da Viola. Conforme abaixo. Firmas conferidas…

E Marina arrebenta:

Lembra dessa? Por João Carlos.

Publicado: 25/06/2010 em Poesia

Prá esquecer a Jabulani, o Twitter, o Dunga, a Globo e lembrar dos tempos de ouro. Valeu Johnny.
Good boy.

Um ano.

Publicado: 25/06/2010 em Poesia

“As pessoas não sabem como é para mim.
Ninguém sabe. Ninguém deveria julgar o que fiz na minha vida. Não antes
de estarem no meu lugar por todo dia horrível e toda noite sem dormir.”

Michael Jackson

TÁTICA JUNINA DE UM ADOLESCENTE QUASE FEIO PARA DANÇAR QUADRILHAS EM YELLOW HOUSE:

Simples.Sempre tinha umas 3 deusas,as maomenos e umas 2 feiosas. 10 manés brigando pelas 3 Jane Fonda,todas se achando.
Johnny naturalmente,convidava a mais feinha para ser seu par.Em geral a bichinha se assustava pensando ser zombaria.

Mas era sério.Pegava pela mão e gritava (prá todo mundo ouvir) “olha ai fulano.Meu par é Lindinha!”.Ora,à felicidade dela,ao espanto dos galãs,à admiração dos pais somava-se os olhares intrigados,de indisfarçável surpresa das 3 deusas por Johnny além de não ligar a mínima prá elas,escolher o patinho feio.
O detalhe.Na quadrilha você dança 50% com seu par e 50% com a dama à sua frente.Claro que eram uns 10 a 12 ensaios mais a festa propriamente dita.E eu sempre dava um jeito de ficar exatamente em frente a uma das deusas.
Sapato Motinha,camisão flower-power,calça Lee e muito Vitess.

O quase feio já ia despertando a curiosidade das deusas,aquele papo feminino (ele não é bonito mas tem um IT,um que,etc,etc).

Durante 3 anos namorei criaturas lindíssimas,acima do meu “níve”. Pararam as quadrilhas de bairro.As fogueiras e os balões e os luares dos sertões.Johnny foi cair em Boa Viagem.E vieram outras histórias e outras táticas.
PS: Até hoje ninguém em Yellow House se deu conta da malandragem saudável do menino Johnny.
PS: Escrevi na tora.Corrijam os erros!