Arquivo da categoria ‘Amy Winehouse’

A bola estava quicando muito antes de sua Caravela aportar aqui na Terra Brasilis.

Amy Winehouse, brincou um colega meu de trabalho quando comprávamos os ingressos, talvez chegue aqui a tempo. Resmunguei falando do carinho das minhas filhas, da importância de sua música para toda uma geração acostumada ao ruim, ao fel.

Geração que aprendia com os pais e com os seus ídolos. E agora tinha uma. Das grandes. Uma cantora e compositora, ainda por se fazer maior, um diamante ainda no começo do polir-se.

Vou guardar o ingresso. Sou mais um na multidão, mas quando escutava “Love is a losing game” ou a imortal “Rehab” acreditava que teríamos outros discos, outras vindas ao Brasil. Que ela iria pular a mágica pedra do vermelho 27. E chegar lá pertinho de Keith Richards e tantos que depois dos 30 sabiam que podiam brincar de cabra cega em meio a quilômetros de giz, papoulas, ampolas e garrafas.

Nem tanto Mestres. Nem tanto.

Amy levitou. Não deu outra. Acabara de sair de mais uma Rehab e talvez… quem saberá?

O resto fica por conta da mídia esgotando fotos, Twitters, Blogs, corridas para as lojas, uploads, downloads, a popstar agora é da Web. Sempre foi.

Fica o gosto de ter sido apenas um pixel, um nada, um nenhum a quilômetros de distância do palco de uma Amy trôpega, amparada pelo seu melhor amigo quando quis fazer um Pas de deux e caiu aqui na terra Recife, um passo de frevo rasgado para a eternidade.

Amy Winehouse.

Deixando o Sábado Som um pouquinho triste , que tristeza não cabe aqui quando temos nossas aulas com o broda João Carlos. Faço esta pausa e presto a minha humilde homenagem. Aprendi a gostar dela escutando Valerie em gravação voz e violão de aço. Valerie que não era música de Amy mas ganhou a alma da Judia Negra mais bela que Londres conheceu.

Agora se segurem os anjos lá por cima. A esta hora Jimmy Hendrix, Jim Morrisson, Kurt Cobain, Janis Joplin formam o “Quinteto 27”. O quinteto dos que não conseguiram dobrar o Cabo das Tormentas.

Amém.