Paratodas. Para nós marmanjos perdidos sem elas. Que não sabemos onde fica a estrela Dalva, a toalha, o coração.
Para quem um sorriso é um enigma, um franzir de olhos é um mistério, um abraço é uma assembléia, uma vida é uma eternidade.
Para quem nove meses são o livro mais perfeito e mais dificil de ler, principalmente para quem fica assistindo o milagre dos milagres.
A nossa bússola onde o eixo da terra funciona, que sem sua presença tudo vira do avesso e não é apenas, é mais, é a simplicidade sobre a terra.
Para todas as mulheres que passam e passarão pelos nossos caminhos, que a mulher querido John, nunca foi o Negro do Mundo.
Embora sua música e sua letra nos comovam, a MULHER é a parte necessária para que a existência se manifeste e o que ela mais precisa é afeto e o que menos carece é de … sei não.
Pois ao lhe dedicar dedos e afagos, beijos e abraços, em silêncio, com o coração falando o som que vem das dimensões que não podemos alcançar, a mulher tem a escuta mais atenta e mais ativa que podemos imaginar. Senhora irmã da Mãe Terra, menina que anda ao lado de Shiva no bailado dos Campos do Senhor.
Se Deus é menino ou são três , cadê a parte feminina da Criação?
Está ao nosso lado. Passando com as meninas dos colégios, com as senhoras amadurecendo, com a neve sob os cabelos, com as avós.
Está ao nosso lado pulando e dançando na chuva, flor na mão , filho na outra, barriga crescendo. Partos divinos.
Está ao nosso lado e muitas vezes não as vemos.
Somos partes desse todo e sabemos que também somos desnecessariamente imprescindíveis.
Para que todas as Leilas se realizem, todas as Marias nos abençôem, todas as Poetas nos façam versos, todas as Reginas nos façam maestros Jobins na vida.
Para que Drummond enfim descanse e se realize.
Para que Leminski que amava Alice e a humanidade , tenha esperança de que unidos venceremos.
Para Mário que sabia ser a mulher a Criação própria, a própria Criação e era feliz no Porto Alegre.
Porque no feminino andam Poesia e Poema.
E eu não sei por onde andei nesta vida tão bela e tão desencantadora sem a necessária companhia das mulheres que eu amo e amarei.
Para Ana Luiza.
Para Gabriela.
Para Izabella.
Para Maria Celeste, Maria Ângela.
Para dona Celeste, dona Amélia, dona Estefânia.
Para todos os espaços em branco das mulheres de todos os poetas que por aqui passam e fazem este bloguito.
Que aqui façam seus poemas e recitem seus nomes.
Edgar, André, João, Arsênio, Tadeu. Façam seus pedidos, seus agradecimentos, seus poemaços.
E mais não digo.