JI M I H E N D R I X
A verdade é que 11 entre 10 guitarristas da melhor estirpe louvam-no.
Grandes maestros e estudiosos o exaltam, e com razão. Longe das tecnologias do momento, Hendrix conseguia fazer-nos ouvir sons, timbres jamais escutados antes, apenas munido com sua Fender Stratocaster, um pedal de distorção/wah-wah e o uso frenético da alavanca.
O suficiente para criar solos e introduções matadores e pegajosos (ele não era muito de “riffs”). Todos conhecem Jimi Hendrix mas poucos o ouvem,ao menos,como merece. Isto porque quase não se comenta sobre a voz poderosa,forte e cheia de atitude dele, assim como esquecem do genial compositor que era. Tão criativo que suas versões para canções de outros artistas ganhavam arranjos que, em geral, suplantavam o original. Basta ouvir Hey Joe, ou mesmo All Along The Watchtower de Bob Dylan, considerada a melhor “cover” da história.
Nascido em Seattle em 1942, sabe-se lá porque, seu pai mudou seu nome,quando ainda criança, de Johnny Allen Hendrix para JAMES MARSHALL HENDRIX, presenteando-o com uma guitarra aos 17 anos. Canhoto, inverteu as cordas do instrumento e começou a transformar a guitarra elétrica em “protagonista”, ao menos no rock and roll.
Zanzou pelos EUA, tocando com vários grupos, juntamente com seu amigo BILLY COX, até impressionar ninguém menos que Little Richard que, o incorporou à sua banda. Imagine essas duas feras juntas ? Dizem que as performances eram eletrizantes e incendiárias (há registros), mas enciumado , Richard inventou uma desculpa esfarrapada para rifá-lo do conjunto. Nessas alturas, Jimi chamou a atenção de CHAS CHANDLER, baixista do THE ANIMALS, que o levou para Londres. E ele foi,com a condição de conhecer ERIC CLAPTON, que obviamente virou fã incondicional. Afinal,tudo em Jimi era inédito. O fato é que com Cox e Mitch Mitchell nas baquetas, estava formada a JIMI HENDRIX EXPERIENCE e por conseguinte 3 singles que ganharam o mundo: Hey Joe, Purple Haze e The Wind Cries Mary que juntamente com os álbuns ARE YOU EXPERIENCED ? e AXIS: BOLD AS LOVE já nasceram clássicos imprescindíveis em 67.
Todavia, com muitas cartas na manga, no início de 68 lançou Eletric Ladyland. Esse material naturalmente levou-o ao estrelato, às mãos de Brian Epstein e às históricas apresentações em Londres e nos “festivais” ,como o MONTERREY POP e WOODSTOCK. Há vários registros dessas apresentações, porém precários. Se em estúdio, Jimi “dobrava” suas guitarras, deixando as canções “redondas”, ao vivo, baixo,bateria e guitarra não faziam jus ao seu som,ao menos para os desavisados de agora. Sem contar a pobre captação sonora de então. E não foi por outra coisa que o gênio resolveu refazer a banda, acrescentando mais um guitarrista, percussionistas, passando à chamar-se Band Of Gypsys ( não seria “gypsies ?).
Logo adiante retomou o velho nome (Experience), lançou em 70 o disco The First Ray Of The Rising Sun, depois rebatizado como Cry Of Love. Hendrix era uma lenda viva, uma referência em meio à todo aquele oceano de talentos que brotavam nos anos 60, quando foi encontrado desfalecido por paramédicos num hotel de Londres,acabou morrendo à caminho do hospital vitimado por uma “overdose” (tranqüilizantes ? LSD ? outras tantas ?). Aquilo surpreendeu e assustou o mundo. Clapton alega que entrou em depressão… mesmo!
Daquela época para cá, baterista de respeito usa um kit Ludwig, marca retirada do nome Ludwig Van Beethoven, assim como hoje em dia ninguém abre mão dos amplificadores da marca MARSHALL . E Seattle não é a terra do “grunge”! Duvida ? Basta visitá-la !!!