INTERLÚDIO
E o sol que pairava fixo sobre nós,
Finalmente negou sua luz.
Nuvens escuras!
Nossa pequena ilha.
Raios! Trovões!
Vendaval de delícias.
EM TEMPO
De tanto esmurrar o vento
Sangrei os meus punhos, perplexo!
Mas o verdadeiro absurdo
É estar partindo sem você
Se hoje a aventura nos parece comédia
Amanhã a saudade nos tece um drama
– Motorista! Esqueça o aeroporto…
ANDARILHO
Sou estranho na cidade estranha
Os carros seguem sem direção
Sou atropelado pelas pessoas nas calçadas
O guarda da esquina me sorri
Não carrego bagagem, nem saudade.
– Só nada
Nos jornais vejo as mesmas notícias
O guarda da esquina se aproxima
_ Documentos! (…) Tudo bem.
Caras vazias contemplam meu rosto
Não fabrico sorrisos – caminho!
Paisagem: carros, fumaça, pessoas…
Poeira no rosto. Estou sujo!
Olhos navalhas
Cortam meu corpo
A ferida lateja na entranha
Outro policial
– Documentos! (…) tudo bem.
Pela tua generosidade,
Pelo espaço,
Pela inspiração do teu blog,
Pela tua amizade,
Por tantas coisas,
Valeu!
E pelo hai-kai ora posto, eu é agradeço. Big abraço meu irmão.